Portugal atravessa uma crise de representação profunda. Em cada eleição, a abstenção ultrapassa metade do eleitorado. Milhares de cidadãos votam em branco, nulo, ou simplesmente deixam de acreditar. Mas o que faz o sistema político perante esse grito de ausência? Nada. Porque foi desenhado precisamente para sobreviver sem o povo. Quando mais de metade dos portugueses decide não votar, o sistema não se escandaliza. Não se questiona. Não se reforma...