Durante décadas, Portugal foi-se convencendo de que vivia em democracia plena. Votava-se, havia campanhas, debates, programas eleitorais — tudo parecia normal. Mas por trás desse verniz institucional, erguia-se um regime de partidocracia fechada, onde os partidos se tornaram não instrumentos de representação, mas donos do sistema político. A política deixou de ser um espaço aberto à sociedade. Tornou-se um circuito fechado, onde os mesmos nomes r...