Ainda o escândalo das gémeas luso-brasileiras, que receberam um tratamento milionário no Serviço Nacional de Saúde (SNS), expôs uma realidade que muitos portugueses já conhecem bem: em Portugal, o acesso a recursos públicos nem sempre se baseia em critérios justos ou transparentes, mas sim em influências, cunhas e ligações pessoais.
A célebre frase atribuÃda a Salazar – "Para os amigos, tudo; para os outros, aplique-se a lei" – continua a ser assustadoramente atual. Num paÃs onde a burocracia trava o cidadão comum, aqueles que têm os contatos certos parecem sempre encontrar atalhos para os seus problemas.
O caso que agora está a ser analisado no Parlamento levanta questões fundamentais sobre o funcionamento do Estado:
Independentemente de ter havido ou não ilegalidade, a perceção pública é clara: quem tem as conexões certas consegue privilégios que os outros não têm.
Este caso não é uma exceção – é apenas um sintoma de um problema mais profundo. Desde a administração pública até às universidades e hospitais, a cultura da cunha continua a ser uma praga que mina a confiança dos cidadãos nas instituições.
A falta de consequências para estes abusos leva à normalização da corrupção e do favoritismo. O resultado? Uma sociedade onde os cidadãos sentem que não vale a pena lutar contra o sistema, pois "é tudo igual".
E enquanto esta mentalidade persistir, Portugal continuará a ser um paÃs onde a regra é a seguinte:
Se Portugal quer ser um paÃs mais justo, precisa de reformas profundas para acabar com este sistema de privilégios escondidos. Isso significa:
Enquanto isso não acontecer, continuaremos a viver num paÃs onde a lei serve apenas para quem não tem os contatos certos.
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Créditos para IA e chatGPT (c)