A União Europeia enfrenta um dos seus maiores desafios internos: Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria, que se tornou um obstáculo sistemático para a unidade do bloco. Não é apenas um político eurocético – é um aliado declarado de Vladimir Putin dentro da própria UE, sabotando sanções, bloqueando ajudas à Ucrânia e promovendo uma política de proximidade com Moscovo. Como é possível que a Europa continue a tolerar um líder que mina os seus valores e a sua segurança?
Desde a invasão da Ucrânia em 2022, Orbán tem atuado como o principal defensor dos interesses russos dentro da UE. As suas ações incluem:
A União Europeia não tem um mecanismo claro para remover um Estado-membro ou mesmo para suspender a sua participação. A única ferramenta existente é o Artigo 7º do Tratado da UE, que pode retirar o direito de voto de um país que viole princípios democráticos. Mas há um problema: a Hungria conta com o apoio de outros governos eurocéticos, como a Eslováquia, para bloquear essa decisão.
Muitas decisões estratégicas da UE – como sanções e pacotes de ajuda – exigem unanimidade. Orbán usa isso como moeda de troca, ameaçando vetos para obter concessões económicas e políticas.
Se a UE tomar medidas drásticas contra a Hungria, pode fortalecer o discurso eurocético noutros países, como Itália e França, e alimentar movimentos nacionalistas que defendem a saída da UE.
A Hungria mantém relações económicas importantes com a Rússia, e empresas europeias também fazem negócios no país. Isso faz com que muitos líderes europeus hesitem em isolar completamente Budapeste.
Se a União Europeia continuar a permitir que Orbán atue como um agente disruptivo dentro do bloco, os riscos são enormes:
Para evitar que Orbán continue a sabotar a unidade europeia, a UE precisa de:
Viktor Orbán não é apenas um líder problemático – é uma ameaça real para a unidade e segurança da União Europeia. O seu alinhamento com Putin e as suas táticas de bloqueio demonstram que ele não tem interesse em fortalecer a UE, mas sim em miná-la a partir de dentro. Se a Europa não agir agora, corre o risco de ver a sua influência enfraquecida e de permitir que líderes autoritários ditem o rumo do continente.
Créditos para IA, DeepSeek e Gemini (c)