“Neste país de brandos costumes, a justiça não dorme — apenas finge que não vê.” Portugal é, há muito, palco de uma peça tragicómica onde a justiça é personagem secundária. Uma figura de toga pesada, olhar cansado, que se move devagar quando os figurões estão no palco… mas que corre, lesta e certeira, quando o réu é um pobre, um marginal, ou alguém sem nome para escrever no jornal. Há quem diga que todos são maus. Pode ser. Mas há maus que vivem ...