Luís Montenegro declarou, em tom triunfal, que é “o farol deste país”. Fê-lo em plena campanha, rodeado de aplausos ensaiados e luzes de palco, como se fosse o guia luminoso de uma pátria perdida nas brumas. Mas muitos portugueses, com os pés bem assentes na realidade, olham para essa luz com desconfiança. Será farol que guia ou holofote virado para o espelho? Autoproclamar-se farol implica autoridade moral, clareza de visão e uma trajetória imac...