Hoje é dia de eleições em Portugal.Mais uma vez, o povo caminha em fila para exercer o seu “direito sagrado” — o voto.Mas o que parece escolha é, na verdade, um ritual esvaziado.Uma missa cívica onde o eleitor repete gestos de esperança com resultados de resignação. Porque o voto é livre, sim. Mas as opções estão prisioneiras. Os partidos do sistema oferecem variações de uma mesma tragédia:a obsessão pelo orçamento, a captura do Estado pelos inte...