“Ao desconcerto do mundo” — Camões e a ironia de um tempo sem concerto

📅 2025-04-20

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Luís de Camões, esse mestre de palavras e naufrágios, deixou-nos um soneto que, mais do que poesia, parece relatório sociológico de 2025: “Os bons vi sempre passar / No mundo graves tormentos; / E para mais me espantar, / Os maus vi sempre nadar / Em mar de contentamentos.” Parece escrito ontem, não parece? E com pena digital. Camões, com a sua pena de ferro e espírito de fogo, não se limitou a apontar o absurdo — ele viveu-o. Viu-se pobre, exila...