Durante anos, disseram-nos que o futuro dependia de um punhado de elementos exóticos com nomes quase mitológicos: neodímio, disprósio, térbio. Chamaram-lhes “terras raras” — como se fossem jóias escondidas nos ossos da Terra, guardadas por dragões geopolíticos. Mas a verdade é mais crua e mais simples: não são raras, são apenas sujas de extrair. A raridade está no cuidado, na ética, na tecnologia limpa — e não nos átomos. Durante décadas, este mi...