Vivemos num país onde as figuras públicas — essas entidades semideificadas pela televisão e pelos copos em bares de luxo — vivem num paradoxo comovente: querem os benefícios da fama, mas rejeitam as consequências da visibilidade. Querem contratos de publicidade, presenças pagas, entrevistas glamorosas, jantares com autarcas e selfies com ministros. Mas, mal tropeçam num processo judicial, gritam aos céus: “Estão a julgar-me na praça pública!” Coi...