Nos becos fundos da pátria entornada,Onde o sol bate e a brisa se esconde,Caminham almas em marcha calada,Com o suor como hino que responde. — Portugal, abafado e de passo arrastado,Mas com o peito inchado de tanto esperar. No comboio do tempo que nĂŁo anda,No cafĂ© onde o “pois” Ă© refrĂŁo,Abafados de fado e de demanda,Bebem sombras em vez de ação. — E o ar condicionado nĂŁo sopra mudança,Apenas alĂvio para a resignação. SĂŁo tantos os abafados, irmĂŁo...